Sua história remonta aos voos pioneiros do Correio Aéreo Militar – CAM, cujos pilotos desbravaram fronteiras e enfrentaram incontáveis desafios a fim de integrar as regiões mais remotas do Brasil. A 14 de julho de 1935, o Cap. Manuel Pinto da Silva Valle e o Ten. Gonçalo de Paiva Cavalcante, pilotando um avião WACO, realizaram o primeiro voo até Belém, estendendo a linha Fortaleza-Teresina.
No dia 30 de julho de 1936, o núcleo do 7º Regimento de Aviação foi organizado, sendo o precursor da atual Base Aérea de Belém – BABE. No ano de 1937, o CAM estabelece a linha Belém-Santo Antônio do Oiapoque, marcando a presença da aeronáutica militar brasileira em sua fronteira com a Guiana Francesa.
Com a deflagração do segundo conflito mundial em setembro de 1939, o 7º RAv recebeu aviões biplanos Chance-Vought Corsair, a fim de realizar missões de patrulha ao longo do litoral norte do Brasil. Com os acordos de cooperação firmados entre o Brasil e os E.U.A. em 1942, Belém passou a ser um ponto importante da rota de traslado de material daquele país para o Brasil, até Natal, de onde seguiam para o Teatro de Operações do Norte da África. Também, inúmeras aeronaves militares foram trazidas dos E.U.A. por via aérea para reequipar a FAB, tendo Belém como um de seus pontos de apoio.
Em 17 de agosto de 1944, foi criado o 1º Grupo de Patrulha, equipado com aviões Consolidated PBY-5 Catalina, o qual foi sediado em Belém. No dia 21 do mesmo mês, foi criada a atual Base Aérea.
Com a reorganização da FAB ocorrida em 1947, o 7º RAv foi desativado e a BABE passou a sediar o 2º Grupo de Aviação, cujo 1º Esquadrão foi equipado com aviões PBY-5.
Posteriormente utilizando também aviões de transporte Douglas C-47, o 2º GAV colaborou intensamente para a integração do território nacional, transportando material e pessoal às mais longínquas localidades da região amazônica.
No dia 12 de maio de 1969, foi ativado o 1º Esquadrão de Transporte Aéreo – tendo recebido todo o acervo do 2º GAV, o 1º ETA continuou desempenhando as atividades de transporte realizadas até então pelo 1º/2º GAV, tarefa que continua a cumprir nos dias de hoje, ainda sediado na BABE.
De 1972 a 1980, a Base sediou o 1º Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque. Tendo sido redesignado 1º/8º GAV em 1980, o Esquadrão foi transferido para a Base Aérea de Manaus no ano seguinte.
Em dezembro de 1981, foi criada a 1ª Esquadrilha do 7º/8º GAV, operando helicópteros CH-55 – em 1991 aquela pequena unidade passou a ser o núcleo do 1º/8º GAV. Em 1990, foi ativado na BABE o 3º/7º GAV, unidade de patrulha marítima, equipado com aviões P-95A.
Hoje em dia, com as três unidades aéreas ali sediadas – 1º ETA, 3º/7º GAV e 1º/8º GAV – a Base Aérea de Belém continua a escrever importantes páginas na história da Força Aérea Brasileira.
Bibliografia:
Base Aérea de Belém. Retrospectiva 1996.