Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque 41 – Esquadrilha “Vampiros”

Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque 41

Após a Revolução de 31 de março de 1964, a FAB buscou meios para a realização de missões ccontrainsurreição e antiguerrilhaontra-insurreição e anti-guerrilha, dentre as quais se incluem as Operações Aéreas Especiais. Ainda no mesmo ano, foram criadas as Esquadrilhas de Reconhecimento e Ataque (ERA) 10, 20 e 30, nas bases aéreas de Santa Cruz, São Paulo e Canoas, respectivamente. Utilizando as aeronaves North-American T-6 das Esquadrilhas de Adestramento das bases aéreas onde eram sediadas, aquelas ERA foram criadas de forma informal, e valendo-se de experiências realizadas anteriormente, pela FAB (em Natal e em Canoas), com a instalação de armamento (metralhadora .30pol e bombas) naquele tipo de aeronave. As ERA-10, ERA-20 e ERA-30 tiveram uma duração efêmera, mas de grande valia, pois foram as precursoras das demais ERA.

A Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque 41 – ERA-41 foi criada em 18 de junho de 1965, através da Portaria nº 44/GM3. Subordinada à 4ª Zona Aérea, a ERA-41 foi sediada na Base Aérea de São Paulo – BASP, a ERA-41 era formada pelos meios aéreos e de pessoal da Esquadrilha de Adestramento da BASP. A ERA-41 herdou a experiência adquirida pela ERA-20, refletido pelo seu emblema, uma modificação daquele utilizado pela ERA-20.

Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque 20

O emblema da ERA-20.

Como todas as demais ERA, além da formação dos pilotos a ela destinados, a ERA-41 desempenhou uma série de missões operacionais reais, incluindo:

  • repressão ao contrabando;
  • patrulhamento de fronteiras;
  • reconhecimento fotográfico e visual;
  • patrulhamento de campos de pouso clandestinos;
  • bombardeamento de plantações e maconha;
  • patrulhamento de localidades para evitar o roubo de gado;
  • operações contra guerrilhas na Serra do Caparão.

Além dessas, eram realizadas operações anuais, com a finalidade de adestramento das ERA, e incluíam um grande número de unidades da FAB. Na maior dessas operações, planejada pelos alunos da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica e denominada de “OPERAÇÃO XAVANTE”, realizada entre 1º e 10 de dezembro de 1967, no então Estado do Mato Grosso, na região compreendida entre Campo Grande, Corumbá, Aquidauana e Forte Coimbra, houve a participação de unidades do Exército Brasileiro e da Marinha do Brasil. A ERA-41 também esteve envolvida em operações de menor vulto, como a OPERAÇÃO “ANCHIETA”, realizada em Santos – SP, entre fevereiro e março de 1966, e a OPERAÇÃO “CATRAPO II”, realizada em Santa Cruz – RJ, entre maio e junho de 1968.

A ERA-41 foi desativada através da Portaria nº 003/GM3, de 10 de março de 1970; seu pessoal e material, juntamente com os das ERA-32 e ERA-61, viriam a formar o 2º Esquadrão de Reconhecimento e Ataque.

Bibliografia:

  1. A. Camazano A. História das Esquadrilhas de Reconhecimento e Ataque. 2004.