Airbus ACJ VC-1A/VC-1

O VC-1A 2101 pousando no Aeroporto de Congonhas, São Paulo (foto F. Laranjeira).

O Airbus ACJ foi anunciado ao público durante o Salão de Aeronáutica de Paris, em 1997. Derivado do modelo Airbus A319, ele apresenta várias características em comum, como a cabine dotada de instrumentos de voo eletrônicos e a mesma fuselagem. Apesar de ter a mesma capacidade de combustível do A319, o ACJ pode ser equipado com até seis tanques centrais adicionais (em módulos de três), localizados na seção central da asa; nesse caso, o ACJ pode transportar 40.570l de combustível, conferindo-lhe a capacidade de alcançar qualquer ponto do planeta. Uma característica peculiar desses tanques é que eles podem ser instalados ou removidos em uma noite, aumentando a flexibilidade de uso da aeronave.

Capaz de operar em aeroportos com pouca infraestrutura, o ACJ pode ser configurado internamente com uma cabine para acomodar aproximadamente 50 passageiros, com todas as facilidades de comunicação, como telefones e FAX via satélite, modems para conexão de computadores, bem como aparelhos de som, DVD e vídeo. Devido à capacidade modular de instalação da cabine e dos tanques auxiliares, um ACJ pode ser facilmente transformado num A319, aumentando seu valor de revenda. Dentre seus usuários governamentais, destacam-se a França (dois exemplares), Itália (três exemplares) e Venezuela e Brasil, com um exemplar cada.

O ACJ adquirido pelo Brasil (modelo A319-133X CJ) recebeu a designação militar VC-1A e a matrícula FAB 2101, sendo batizado com o nome “Santos-Dumont”. O contrato de aquisição foi assinado em 9 de fevereiro de 2004, num total de US$56,7 milhões; nesse montante está incluído a aeronave, peças de reposição, equipamentos de apoio no solo, publicações técnicas, treinamento operacional e de manutenção, e assistência técnica. A manutenção da aeronave é realizada pela TAM, representante da Airbus no Brasil.

O ACJ chegou ao Brasil no dia 15 de janeiro de 2005 e é operado desde então pelo 1º Esquadrão do Grupo de Transporte Especial da FAB. Em 2006, a sua designação mudou para VC-1.

VC-1 2101 (foto Leandro Casella).

Em 2013, ele recebeu um novo padrão de pintura, com faixas em verde e em amarelo na parte anterior da fuselagem.

VC-1 2101 (foto Leandro Casella).

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS (Airbus ACJ VC-1A)

  • Motor: 2 turbofans IAE V2527M-A5, de 118 kN de empuxo.
  • Envergadura: 34,10 m
  • Comprimento: 33,84 m
  • Altura: 11,76 m
  • Superfície alar: 122,6 m2
  • Peso: 75.500 kg (máximo)
  • Velocidade: 650 km/h (máxima)
  • Teto de serviço: 13.530 m
  • Alcance: 8.400 km
  • Número de passageiros: até 55 (incluindo tripulação)

Perfis

VC-1A 2101, Grupo de Transporte Especial. 1º esquema de pintura (2005-2006): observe o nome “Santos-Dumont”, pintado no nariz; o escudo do GTE na turbina e as Armas da República na deriva; e a inscrição “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL” na fuselagem.
VC-1 2101, Grupo de Transporte Especial. 2º esquema de pintura (2006-2013).
VC-1 2101, Grupo de Transporte Especial. 3º esquema de pintura (a partir de 2013).

Bibliografia:

  1. Airbus A320 family – A320/A321/A319/A318/ACJ. In: Scale Aircraft Modelling, V. 26, No. 12, Fev 2005.
  2. J. Flores Jr., “Aeronaves Militares Brasileiras – 1916 – 2015”, Action Editora, Rio de Janeiro, 2015.