2º/1º Grupo de Aviação de Caça – Esquadrão “Pif-Paf”

2º Esquadrão do 1º Grupo de Aviação de Caça

O 2º/1º Grupo de Aviação de Caça – 2º/1º GAVCA, sediado na Base Aérea de Santa Cruz, traça suas origens ao 2º Grupo de Caça (2º Gp Ca), criado na Base Aérea de Natal a 17 de agosto de 1944. Equipado com aviões Curtiss P-40, foi transferido para o 1º Regimento de Aviação, sediado na Base Aérea de Santa Cruz, no dia 5 de outubro do mesmo ano.

Em julho de 1945 o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º Gp Av Ca) retornou ao Brasil, após sua bem-sucedida participação na Campanha da Itália (1944-1945), e passou a integrar o 1º R Av. Alguns dos pilotos veteranos do 1º Gp Av Ca foram transferidos para o 2º Gp Ca, o qual passou a operar também os 29 Republic P-47D-25, remanescentes da Campanha da Itália, e que haviam chegado ao Brasil desmontados, por via marítima.

A partir de 1946, o 2º Gp Ca passou a ser responsável pelo treinamento dos pilotos de caça, na sua transição do P-40 para o P-47. Nesse mesmo ano, os P-40 foram concentrados nos 3º Gp Ca e 4º Gp Ca, pertencentes ao 3º R Av, sediado na Base Aérea de Canoas – com isso, o 2º Gp Ca passou a operar exclusivamente os P-47D-25. O esquadrão utilizava, ainda, aviões de treinamento avançado NA T-6 para a conversão dos pilotos no P-47D.

No ano de 1947, o 2º Gp Ca passou a ser denominado 2º/9º Grupo de Aviação, até ser redesignado como 2º/1º Grupo de Aviação de Caça em 14 de outubro de 1949.

Após a introdução dos caças a jato de fabricação britânica Gloster Meteor, em maio de 1953, o 2º/1º GAVCA passou mais uma vez a ser uma unidade operacional. Os Meteor por ele operados apresentavam um acabamento semelhante aos do 1º/1º GAVCA .

Em 1968 o esquadrão recebeu aviões Lockheed TF-33A e, em 1972, operou por um curto espaço de tempo os AT-26 Xavante, até ser re-equipado em 1975 com os Northrop F-5E, os quais são utilizados até os dias de hoje. Os F-5E são operados em um “pool” juntamente com o 1º/1º GAVCA.

A bolacha do esquadrão representa o P-47D ‘C5’, pilotado pelo 2º-Ten.-Av. Pedro de Lima Mendes, veterano de 95 missões na Campanha da Itália, considerado um dos melhores pilotos de caça da FAB. Brincando, ele dizia ser protegido pelo caboclo “Rompe Mato” em suas missões, o qual é representado na bolacha pelo pinguim manejando um facão.

Bibliografia:

  1. C. Lorch, “A Caça Brasileira – nascida em combate”, Action Editora, Rio de Janeiro, 1993.
  2. J.E. Magalhães Motta, “Força Aérea Brasileira 1941-1961 – Como eu a vi…”, INCAER, Rio de Janeiro, 1992.
  3. Revista Força Aérea, Ano I, Nº 1, Action, Novembro 1995.