A FAB e a II Guerra Mundial

Em janeiro de 1941, os acontecimentos na Europa levaram o governo brasileiro a centralizar em um único comando as operações aéreas das forças militares brasileiras, e com isso surgiu o Ministério da Aeronáutica, cujo primeiro titular foi o Dr. Salgado Filho; as Aviação Militar e Naval foram extintas – seus efetivos pessoais e equipamentos foram transferidas para uma nova Força militar, chamada de Forças Aéreas Nacionais.

No dia 22 de maio de 1941, após exposição de motivos do Sr. Ministro da Aeronáutica, as Forças Aéreas Nacionais tiveram sua denominação alterada, pelo governo, para Força Aérea Brasileira.

Tendo herdado 430 aviões de 35 modelos diferentes, todos obsoletos, os quais não permitiriam opor qualquer reação a um ataque de uma nação estrangeira dotada de aviões modernos, o Brasil procurou adquirir nos EUA alguns caças, através de um acordo de empréstimo e arrendamento com aquela nação.

Curtiss P-40 da FAB.

Os primeiros Curtiss P-36 e P-40 chegaram ao Brasil em 1942. No dia 22 de agosto de 1942, após vários navios brasileiros terem sido torpedeados e afundados, com uma grande perda de vidas humanas, o Brasil declarou guerra à Alemanha Nazista e à Itália. Foram montados comboios navais e unidades aéreas da FAB e da Marinha dos EUA montaram patrulhas sobre os mares brasileiros, de forma a proteger aqueles comboios da ameaça submarina alemã. As primeiras unidades da recém-nascida FAB a atacar o inimigo foram aquelas da Aviação de Patrulha.

PBY-5 nº 2 Catalina “Arará”, a aeronave que afundou o submarino alemão U-199 ao largo do Rio de Janeiro, em 1943.

Ao final de 1942, o governo brasileiro decidiu enviar unidades militares para lutar ao lado das nações aliadas na Europa. A Força Expedicionária Brasileira – FEB foi composta de uma divisão reforçada de infantaria, unidades de artilharia e de um componente aéreo. Este último consistia do 1º Grupo de Aviação de Caça – 1ºGAVCA e da 1ª Esquadrilha de Ligação e Observação – 1ª ELO. Essas unidades chegaram à Itália em 1944 e lutaram ligadas ao 5º Exército dos EUA e 12ª Força Aérea do Exército dos EUA, até a rendição incondicional alemã em 8 de maio de 1945.

Bibliografia:

  • “História Geral da Aeronáutica Brasileira”, V. 3, Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, Rio de Janeiro, 1991.