2ª Esquadrilha de Ligação e Observação

2ª Esquadrilha de Ligação e Observação – Esquadrilha “Duelo”

A 2ª Esquadrilha de Ligação e Observação – 2ª ELO foi criada em 6-VI-1956 e ativada em 31-IV-1957. Sua missão é a de operar em conjunto com a Marinha do Brasil, em missões de ataque à superfície (alvos terrestres ou marítimos).

Sediada inicialmente na Base Aérea do Galeão, a 2ª ELO operou inicialmente North-American T-6. Em 1960, seus pilotos realizaram treinamento em helicópteros na Base Aérea de Santos; os primeiros Bell H-13J foram recebidos em fevereiro de 1961 e, dez meses após, auxiliaram no resgate às vítimas do incêndio no Circo de Niterói.

2ª Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª versão do seu emblema).

Em 1963, devido a atos subversivos ocorridos no país, a 2ª ELO foi transferida para Brasília, para apoiar o Governo. Dentre as missões realizadas pela esquadrilha nesse período, destacam-se os voos de reconhecimento e escolta à comitiva do Presidente Tito, da Iugoslávia, então em visita oficial ao Brasil.

No mês de julho de 1963, a 2ª ELO deslocou-se para Natal, a fim de efetuar o treinamento e instrução dos Aspirantes da FAB. Em agosto do mesmo ano, a esquadrilha encontra-se em Foz do Iguaçu, a fim de reprimir o contrabando de café.

Em janeiro de 1965, a esquadrilha passou a operar também os Pilatus L-3 e os North-American T-28, ambos os tipos tendo sido previamente operados pela Marinha do Brasil. Em agosto de 1965, a 2ª ELO foi transferida para a Base Aérea Naval de São Pedro d’Aldeia, pertencente à Marinha, aonde permaneceu por quase 30 anos. Em 1974, os T-6 foram substituídos pelos Neiva T-25 Universal. Nesse mesmo ano, os Neiva L-42 Regente também foram recebidos.

Além de operar em missões de apoio à Marinha, realizando ataques simulados às suas unidades de superfície, também a 2ª ELO operou em manobras conjuntas com o Exército, realizando missões de reconhecimento armado e de controle aéreo avançado.

Em 1986, a esquadrilha foi a primeira unidade operacional da FAB a receber os EMB.312 AT-27 Tucano, e sua introdução em serviço aumentou em muito a capacidade operacional da unidade, auxiliando também a utilização da aeronave pelas demais unidades da FAB equipadas com os AT-27.

Em 1991, a 2ª ELO participou de missões de combate, repelindo os ataques de guerrilheiros colombianos a unidades do Exército Brasileiro, na fronteira Brasil-Colômbia. Nesse deslocamento, a 2ª ELO mostrou ser capaz de operar com sucesso em regiões ermas, cooperando com as Forças Navais e Terrestres brasileiras.

Além das surtidas diárias de treinamento, a 2ª ELO tem participado de inúmeras manobras militares, juntamente com unidades do Exército e da Marinha, destacando-se as Operações COMBINEX, OPERAER, CAÇÃO, DRAGÃO, ARATACA, RIBEIREX, DGBEX, UNITAS e NINFA.

Em 19 de julho de 1995, a esquadrilha estabeleceu-se na Base Aérea de Santa Cruz. Em setembro de 2001, a 2ª ELO passou a ser uma unidade da Aviação de Caça da FAB.

No dia 30 de janeiro de 2004, após 47 anos de existência, 2ª ELO foi extinta, em cerimônia realizada na BASC.

Bibliografia:

  1. AEROVISÃO, Ano XXI, Nº 183, pp. 20. Ministério da Aeronáutica, Brasília. 1995.
  2. AEROVISÃO, Ano XXII, Nº 196, pp. 24-25. Ministério da Aeronáutica, Brasília. Nov/Jan 1998/1999.
  3. RADAR, Ano V, Nº 18, pp.4. RADAR Associação Aeronáutica, Porto Alegre. 1996.
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