Dignos de nota são os reides aéreos, realizados pelas aviações Militar e Naval, na medida em que com eles desenvolvia-se a navegação de longo curso, desbravando fronteiras e colaborando para a integração do Brasil. Representaram também, para a Aviação Militar, um rompimento com o uso da aeronáutica militar conforme recomendado pela Missão Francesa de 1918, que apregoava o uso dos aviões em missões de curto alcance. Tal ideia era vista com descontento pelos aviadores militares, pois o avião era visto como o instrumento ideal para integrar o país.
Entre os reides realizados, destacam-se:
- Rio de Janeiro – São Paulo, 11 de junho de 1921: dois aviões SPAD VII da Aviação Militar;
- Rio de Janeiro – São Paulo, de 21 de abril a 7 de maio de 1923: três Bréguet 14 da Aviação Militar;
- Rio de Janeiro – Curitiba, 23 de abril de 1923: um Bréguet 14 da Aviação Militar;
- Rio de Janeiro – Vitória – Salvador – Aracaju, de 1º a 19 de julho de 1923: primeiro reide de uma esquadrilha da Aviação Naval;
- Rio de Janeiro – Juiz de Fora – Belo Horizonte, 3 de agosto de 1926, por aviões da Aviação Naval;
- Rio de Janeiro – Porto Alegre – Rio de Janeiro, de 16 a 22 de julho de 1930: hidroaviões Schreck, da Aviação Militar;
- Rio de Janeiro – Belém, de 4 a 28 de agosto de 1930: hidroaviões Schreck, da Aviação Militar;
- Argentina e Uruguai, 1931: aviões SM-55A da Aviação Naval;
- Várias capitais da América do Sul, 1931: avião Amiot 122 Bp3 ‘K622’, da Aviação Militar. Foi o primeiro avião brasileiro a cruzar a Cordilheira dos Andes e a decolar do mais alto aeroporto do mundo, o de La Paz (altitude de 4.000 m).
Bibliografia:
- “História Geral da Aeronáutica Brasileira”, V. 2, Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, Rio de Janeiro, 1991.