No ano de 1950, entraram em serviço na FAB aviões quadrimotores do tipo Boeing B-17G Flying Fortress, os quais foram utilizados em missões de busca e salvamento – SAR e reconhecimento aerofotográfico. Os B-17 receberam os números de série 5405 a 5411. A versão de reconhecimento aerofotográfico era equipada com câmeras fotográficas verticais e oblíquas e tinha janelas adicionais de observação, no “queixo” da aeronave.
Em 24 de janeiro de 1951 foi criado o Centro de Treinamento de Quadrimotores, sediado na Base Aérea do Galeão, a fim de proceder-se ao adestramento das equipagens. Em junho do mesmo ano o Centro foi transferido para a Base Aérea de Recife, passando os B-17 a realizar missões de busca e salvamento e fotografia aérea.
Em 15 de outubro de 1953 o Centro foi extinto e ativado o 1º/6º Grupo de Aviação e em 1954, mais sete B-17 foram recebidos, elevando a doze o número de B-17 em uso. No dia 20 de novembro de 1957, o 6º Grupo de Aviação foi ativado, com dois esquadrões componentes, ficando o 1º/6º GAV responsável pelas missões de busca e salvamento e o 2º/6º GAV, pelas de reconhecimento fotográfico e meteorológico.
Em 1944, a FAB recebeu 30 aeronaves de ataque Douglas A-20K. Alguns deles foram modificados para serem usados como aeronaves de reconhecimento fotográfico e foram empregadas pelo 1º/10º Grupo de Aviação até 1955.
Em 1987, foram adquiridas pela FAB doze aeronaves Gates Learjet 35A, sendo seis delas configuradas para transporte VIP (designadas como VU-35A) e outras seis para reconhecimento fotográfico (designadas como R-35A), as quais foram destinadas ao 1º/6º GAV. A partir de 2006, três aeronaves VU-35A foram reconfiguradas como R-35A; posteriormente, essas três foram modernizadas e receberam a designação R-35AM. Os R-35A adquiridos em 1987 foram desativados em 2020.
Devido ao alto custo para manter operacionais os R-35AM, por serem aeronaves com mais de 30 anos de uso, a FAB foi forçada a retira-las de serviço, em 20/12/2021.
Em 1997, a Embraer firmou um contrato com a FAB para o desenvolvimento e produção de duas aeronaves baseadas no seu avião de transporte regional EMB.145.
O EMB.145 AEW&C (“Airborne Early Warning & Control”, Alarme Aéreo Antecipado e Controle), é dotado do radar aerotransportado Ericsson PS-890 Erieye, um radar Doppler de varredura ativa, instalado na parte dorsal da aeronave. Designado como R-99A na FAB, cinco exemplares foram adquiridos e entregues entre 2002 e 2003. Em 2008, os R-99A foram redesignados como E-99.
O EMB.145 RS (“Remote Sensing”, sensoriamento remoto), transporta um radar de abertura sintética produzido pela McDonald-Dettwiller, capaz de imagear o solo com grande precisão, além de um digitalizador multiespectral e uma câmera infravermelha AN/AAQ-2 Star Sapphire, além de outros aviônicos específicos. Designado como R-99B na FAB, três exemplares foram adquiridos; em 2008, eles foram designados como R-99.
A partir de 2011, a FAB passou a operar Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs), em missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento. Atualmente, são operados os Elbit RQ-450 e RQ-900 Hermes pelo 1º/12º GAV e o IAI RQ-1150 Heron I pelo 1º/7º GAV.
A Aviação de Reconhecimento comemora suas atividades no dia 24 de junho.
Bibliografia:
- J. Flores Jr., “Aeronaves Militares Brasileiras – 1916 – 2015”, Action Editora, Rio de Janeiro, 2015.