O 1º/6º Grupo de Aviação foi ativado a 15 de outubro de 1953, na Base Aérea do Recife – BARF, operando aeronaves Boeing B-17G “Flying Fortress” em missões de busca e salvamento, reconhecimento aerofotográfico e transporte.
O 1º/6º GAV é oriundo do Centro de Treinamento de Quadrimotores, o qual foi criado em 24 de janeiro de 1951 na Base Aérea do Galeão, com a finalidade de adestrar as equipagens que operariam as sete B-17 adquiridas em 1950 pela FAB. Com a transferência do Centro em junho de 1951 para a BARF, os B-17 passaram a realizar missões de busca e salvamento e fotografia aérea.
Com a extinção do Centro em 1953, foi ativado o 1º/6º GAV; em 1954 foram recebidos mais sete B-17, elevando a doze o número de aeronaves daquele tipo em uso.
No dia 20 de novembro de 1957, foi ativado o 6º Grupo de Aviação, composto por dois esquadrões: o 1º responsável pelas missões de busca e salvamento e o 2º pelas de reconhecimento fotográfico e meteorológico. Além dessas missões, os B-17 foram empregados nas linhas do Correio Aéreo Nacional, até a chegada de aeronaves de transporte de longo raio de ação, mais adequadas àquelas missões.
Em 1968, quando da merecida desativação dos B-17, o 2º Esquadrão já havia sido incorporado ao 1º Esquadrão. Foram recebidas então três aeronaves SC-130 Hércules, as quais ostentavam faixas na cor laranja, indicativa de missões SAR, além de um logotipo estilizado na deriva, representando os algarismos “1” e “6”. Os SC-130 foram utilizados até 1987, quando foram substituídos por três aviões de reconhecimento R-35A Learjet, os quais encontram-se em uso até hoje, juntamente com os R-95 Bandeirante, seis dos quais foram recebidos em 1977.
Em 2010, três VU-35A, até então utilizados pelo Grupo de Transporte Especial, foram modificados para o padrão R-35A. No ano seguinte, essas três aeronaves foram modernizadas, recebendo a designação R-35AM.
Em 2016, o 1º/6º GAV foi transferido para a Base Aérea de Anápolis.
Em 2020, os três R-35A recebidos em 1987 foram desativados.
Devido ao alto custo para manter operacionais os R-35AM, por serem aeronaves com mais de 30 anos de uso, a FAB foi forçada a retira-las de serviço, em 20/12/2021 e, nessa mesma data, o Esquadrão “Carcará” foi desativado.
O 1º/6º GAV realizou missões sobre todo o território brasileiro; seus aviões, equipados com modernos equipamentos sensores visuais e eletrônicos, permitiram a obtenção de informações de forma rápida, em apoio às atividades da FAB e demais órgãos do governo.
Bibliografia:
- V. S. Andrade, “Esquadrão Carcará – O sigiloso grupo de reconhecimento da FAB”. In: Tecnologia e Defesa, Ano 13, Nº 70.
- J. Baugher, Boeing B-17 Flying Fortress – Chapter 16: B-17. In: US Military Aircraft
- J. Baugher, Boeing B-17 Flying Fortress – Chapter 28: Executive Transports, Water Bombers, Flying Museums. In: US Military Aircraft
- N.F. Lavenère-Wanderley, “História da Força Aérea Brasileira”, 2ª Ed.
- C. Lorch e J. Flores Jr., “Aviação Brasileira – sua história através da arte”, Action Editora, Rio de Janeiro, 1994.
- F.C. Pereira Netto, “Aviação Militar Brasileira 1916-1984”, Editora Revista de Aeronáutica, Rio de Janeiro, 1984.