O Fairchild C-119 Flying Boxcar era uma aeronave de transporte desenvolvida a partir do Fairchild C-82 Packet. O C-119 manteve a mesma configuração usada no C-82, mas a fuselagem foi redesenhada, aumentando a capacidade interna da fuselagem.
O C-119 transportava cargas de grande porte e veículos, realizava evacuações aeromédicas transportando feridos em macas e era usado para o salto de tropas paraquedistas. O C-119 também podia lançar carga usando paraquedas.
O primeiro voo foi realizado em 1947 e foram usados em combate na guerra da Coreia, na Indochina Francesa, na guerra sino-indiana (1962). Na guerra do Vietnã, foram usadas duas versões, modificadas para emprego como artilharia aerotransportada, denominadas AC-119G e AC-119K. Um total de 1.112 exemplares foram construídos entre 1947 e 1955.
No Brasil
Doze exemplares da versão C-119G foram adquiridos pelo Brasil em 1961. Todos eles foram transladados em voo por tripulações da US Air Force, com o primeiro exemplar chegando à Base Aérea dos Afonsos em 01/02/1962.
Os C-119G foram empregados exclusivamente pelo 2º/1º Grupo de Transporte de Tropa, realizando a maior parte de suas missões em proveito das tropas paraquedistas do Exército Brasileiro. Outras missões, de transporte logístico, também foram realizadas, em proveito da própria FAB, transportando peças de reposição desde os EUA.
Após a ocorrência de dois acidentes fatais em 1972 e em 1974, com perda total das tripulações e aeronave, causados pela falha nos motores, a FAB decidiu por retirar de serviço os C-119G, a partir de 1974.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS (Fairchild C-119G Flying Boxcar)
- Motor: dois motores a pistão Wright R-3350-85A de 3.500 HP.
- Envergadura: 33,32 m
- Comprimento: 26,38 m
- Altura: 8,00 m
- Superfície alar: 134,40 m2
- Peso: 18.152 kg (vazio); 33.778 kg (máximo)
- Velocidade: 391 km/h (máxima)
- Teto de serviço: 7.315 m
- Alcance: 3.648 km
- Tripulação: 5 (piloto, copiloto, navegador, engenheiro de voo e especialista de carga aérea)
- Carga útil: 13.607,77 kg de carga ou 62 soldados equipados ou 35 macas
Perfis
Bibliografia:
- J. Flores Jr., “Aeronaves Militares Brasileiras – 1916 – 2015”, Action Editora, Rio de Janeiro, 2015.