O 1º/1º Grupo de Transporte foi criado em 17 de fevereiro de 1953, na Base Aérea do Galeão, onde está sediado desde então.
Suas origens remontam ao 1º Grupo de Transporte, unidade criada em 5 de outubro de 1944. O 1º GT operava aeronaves Douglas C-47 a partir de sua sede no Calabouço, atual Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro.
No dia 29 de outubro as equipagens do 1º GT passaram a operar nas linhas do Correio Aéreo Nacional e, no dia 19 de janeiro de 1948, foi transferido para a Base Aérea do Galeão. Com essa transferência, passou também a realizar missões de lançamento de paraquedistas, em apoio a unidades do Exército Brasileiro. O 1º GT passou ao controle operacional do Comando de Transporte Aéreo a 5 de junho de 1951.
O esquadrão foi a primeira unidade da FAB selecionada para operar a nova aeronave de transporte logístico pesado, o Lockheed C-130 Hércules. A FAB recebeu seus três primeiros C-130E durante a segunda metade de 1964, mas só passaram a ser utilizados oficialmente no dia 18 de fevereiro de 1965. Nesse dia, o 1º GT foi desativado, e as aeronaves C-47A então em uso pelo 1º/1º GT foram transferidas para o 2º/1º GT.
Com a entrada em operação dos C-130E, o 1º/1º GT foi incumbido das principais missões de transporte da FAB para o exterior, incluindo o apoio ao contingente brasileiro da United Nations Emergency Force – o IIIº/2º Regimento de Infantaria, Batalhão “Suez” – na Faixa de Gaza. Duas operações de rodízio do Batalhão foram realizadas, em fevereiro e junho de 1966.
Em 4 de abril de 1968, em pouco mais de três anos de operação do C-130E, o 1º/1º GT alcançou 10.000 horas de voo. Entre outras missões efetuadas pelo esquadrão, destacam-se ao apoio às forças brasileiras deslocadas para São Domingos, durante a crise naquela república centro-americana; o transporte de medicamentos em apoio às vítimas da guerra no Vietnã; e a ajuda levada às vítimas do terremoto na Guatemala em 1976, transportando 152.500Kg de medicamentos, víveres, roupas e feridos.
Em 1975 o esquadrão recebeu duas aeronaves C-130H. Em 1986 outros três C-130H foram incorporados ao efetivo do esquadrão; também nessa época o esquadrão recebeu os KC-130H de reabastecimento aéreo que eram anteriormente operados pelo 2º/1º Grupo de Transporte de Tropas. Com a utilização das aeronaves KC-130H, as equipagens do 1º/1º GT herdaram o código-rádio “Barão” do 2º/1º GTT.
Os C-130 do esquadrão têm pintado na deriva uma flecha dividida ao longo de seu comprimento, representando de forma estilizada a sua identificação (1º/1º); esse símbolo é dito, jocosamente, ser um aviso às equipes de manutenção – “este lado para cima”!
Em 1988, passou a operar também os SC-130E que eram utilizados anteriormente pelos 1º/6º Grupo de Aviação e 2º/1º GTT. Assim, além das missões de transporte logístico – incluindo a “Operação Antártida”, de apoio às expedições científicas brasileiras naquele continente – e de reabastecimento em voo, o 1º/1º GT passou também a realizar missões de busca e salvamento (SAR).
No dia 22/03/2022, o Esquadrão recebeu os dois primeiros exemplares do Embraer KC-390, marcando o início do seu reequipamento com a nova aeronave de transporte.
Bibliografia:
- “O Gordo” – Integração e eficiência. Aerovisão, 1980.
- “Lockheed C-130: o Hercules da FAB”. In: Jornal da Radar Associação Aeronáutica, Ano IV, Nº 15, 1995.