Instituída em 10 de abril de 1945 pelo Decreto-Lei Nº 7.454, a “Cruz de Bravura” é concedida aos militares da ativa e da reserva da FAB, os quais tenham se distinguido por excepcionais atos de bravura em campanha.
A “Cruz de Bravura” pode ser concedida tanto a tripulações de aeronaves como ao pessoal de terra. A cada novo ato de bravura praticado pelo agraciado, que comporte direito a esta medalha, será colocada uma palma de bronze na fita.
A medalha é em bronze oxidado, com a forma de uma cruz dos templários estilizada, sobreposta a uma coroa de louros, lavrada em relevo, que aparece entre os ramos; a Cruz é carregada a um disco filetado, com o emblema da FAB sobre o mesmo, em relevo, ao centro; no reverso do disco, a inscrição “Bravura” em relevo, ao topo do disco, e “FAB” no exergo.
A cruz é ligada a uma barreta na forma de asas estilizadas, pendendo da fita em azul-rei, com dois frisos em vermelhão, ladeados por frisos em branco nas bordas laterais.
A Cruz de Bravura foi concedida, até hoje, a apenas cinco agraciados; todos eles pilotos do 1º Grupo de Aviação de Caça e que perderam suas vidas em combate, na Itália, durante a IIª Guerra Mundial:
- 1º-Ten.-Av. JOHN RICHARDSON CORDEIRO E SILVA, abatido pela artilharia antiaérea em 6 de novembro de 1944, sobre a cidade de Bolonha, durante sua primeira missão de combate.
- 2º-Ten-Av. Res.-Conv. FREDERICO GUSTAVO DOS SANTOS, abatido pela explosão de um depósito de munição que ele próprio atacara, em Spilambergo, a 13 de abril de 1945.
- Cap.-Av. JOÃO MAURÍCIO CAMPOS DE MEDEIROS, abatido pela artilharia antiaérea em 15 de abril de 1945, ao atacar uma locomotiva em Alessandria.
- Cap.-Av. AURÉLIO VIEIRA SAMPAIO, abatido pela artilharia antiaérea em 22 de abril de 1945, ao atacar viaturas inimigas em Milão.
- Cap.-Av. LUIZ LOPES DORNELLES, abatido pela artilharia antiaérea em 26 de abril de 1945, ao metralhar uma locomotiva na estação de Alessandria.
Bibliografia:
- “Medalhística Aeronáutica Brasileira”, Gabinete do Ministro da Aeronáutica, Brasília, 1998.