Instituída em 10 de abril de 1945 pelo Decreto-Lei Nº 7.454, destina-se a agraciar aqueles feridos em ação contra o inimigo, sejam militares da FAB ou civis brasileiros que nela sirvam.
A concessão da “Cruz de Sangue” dar-se-á àqueles cujos ferimentos decorrentes da ação inimiga exijam cuidados médicos; cada ferimento subsequente nas mesmas circunstâncias dá direito a uma palma de bronze a ser usada na fita.
A medalha é em bronze oxidado, com a forma de uma cruz floretada; a Cruz é carregada a um disco filetado, com o emblema da FAB sobre o mesmo, em relevo, ao centro; no reverso do disco, a inscrição “Cruz de Sangue” em relevo, ao topo do disco, e “FAB” no exergo.
A cruz é ligada a uma barreta na forma de asas estilizadas, pendendo da fita em vermelhão, com dois frisos em azul-rei ladeados por frisos em branco nas bordas laterais.
Além dos pilotos da FAB que a receberam na IIª Guerra, a Cruz de Sangue também foi concedida ao 1º-Ten.-Aviador Werther Souza Aguiar Temporal. Integrante do 2º Contingente da FAB junto às forças da ONU no Congo, ele foi ferido na cabeça e na barriga pelos disparos de uma aeronave Fouga Magister de Katanga, no dia 15 de setembro de 1961, enquanto taxiava um transporte Douglas C-47 para evitar que o mesmo fosse destruído durante o ataque.
Bibliografia:
- “Medalhística Aeronáutica Brasileira”, Gabinete do Ministro da Aeronáutica, Brasília, 1998.
- H. Santos, “A FAB no Congo”. In: Revista Força Aérea, Nº 50, p. 62-81. Action Editora, Rio de Janeiro, 2008.