O Piper L-4 Cub era uma aeronave empregada para tarefas de ligação, observação e regulagem de tiro de artilharia, desenvolvida a partir do Piper J-2 Cub. Durante a II Guerra Mundial, 6.153 exemplares foram produzidos nos EUA, sendo utilizadas em todos os teatros de operações, pela US Army Air Forces, US Navy e US Marine Corps. O L-4 também foi usado por nações aliadas.
NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
A 1ª Esquadrilha de Ligação e Observação, unidade aérea da FAB ligada à Força Expedicionária Brasileira, recebeu dez exemplares do L-4H em 20 de junho de 1944, os quais foram matriculados FAB 1 a FAB 10, usando o número pintado na cauda.

Durante praticamente 200 dias de operação, a 1ª ELO realizou 684 missões, fazendo a regulagem de tiro para as baterias de artilharia da FEB e dos V Exército Norte-Americano e do 8º Exército Britânico.

Com o final da guerra, a 1ª ELO foi desativada por ordem do comandante da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária do Exército Brasileiro (EB), ainda no teatro de operações da Itália. O seu efetivo voltou ao Brasil junto com o pessoal do 1º Grupo de Aviação de Caça, e suas aeronaves foram desmontadas e levadas ao Brasil por via marítima, onde ficaram por quase dez anos armazenadas num depósito do EB.
Entre 1954 e 1955, essas aeronaves foram remontadas pelo Exército e receberam as matrículas EB-001 a EB-010, usando o emblema do EB utilizado na época (o Cruzeiro do Sul em branco de dentro de um anel vazado, também em branco) nas asas. Em 1955, eles foram devolvidos à FAB, tendo recebido as matrículas FAB 3070 a 3079.


Os L-4H foram destinados novamente à 1ª ELO, reativada em 12 de dezembro de 1955, sendo utilizados por aquela unidade até 1958. Os L-4H foram descarregados do inventário da FAB em 1959.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS (Piper L-4H)
- Motor: Um Continental O-170-3 de 65 HP
- Envergadura: 10,74 m
- Comprimento: 6,70 m
- Altura: 2,03 m
- Superfície alar: 16,62 m2
- Peso: 331 kg (vazio); 553 kg (máximo)
- Velocidade: 136 km/h (máxima)
- Razão de ascensão: 108 m/min
- Teto de serviço: 2.834 m
- Alcance: 305 km
- Tripulação: 2 (1 piloto e 1 observador)
Perfis







Bibliografia:
- J. Flores Jr., “Aeronaves Militares Brasileiras – 1916 – 2015”, Action Editora, Rio de Janeiro, 2015.