Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque 21 – Esquadrilha “Gerimum”
Após a Revolução de 31 de março de 1964, a FAB buscou meios para a realização de missões contrainsurreição e antiguerrilha, dentre as quais se incluem as Operações Aéreas Especiais. Ainda no mesmo ano, foram criadas as Esquadrilhas de Reconhecimento e Ataque (ERA) 10, 20 e 30, nas bases aéreas de Santa Cruz, São Paulo e Canoas, respectivamente. Utilizando as aeronaves North-American T-6 das Esquadrilhas de Adestramento das bases aéreas onde eram sediadas, aquelas ERA foram criadas de forma informal, e valendo-se de experiências realizadas anteriormente, pela FAB (em Natal e em Canoas), com a instalação de armamento (metralhadora .30pol e bombas) naquele tipo de aeronave. As ERA-10, ERA-20 e ERA-30 tiveram uma duração efêmera, mas de grande valia, pois foram as precursoras das demais ERA.
A Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque 21 – ERA-21 foi criada em 18 de junho de 1965, através da Portaria nº 44/GM3. Subordinada à 2ª Zona Aérea e sediada inicialmente na Base Aérea do Recife – BARF, a ERA-21 era formada pelos meios aéreos e de pessoal da Esquadrilha de Adestramento da BARF. Através da Portaria nº 026/GM3, de 9 de maio de 1967, foi determinada sua transferência para a Base Aérea de Natal – BANT.
Como todas as demais ERA, além da formação dos pilotos a ela destinados, a ERA-21 desempenhou uma série de missões operacionais reais, incluindo:
- repressão ao contrabando;
- patrulhamento de fronteiras;
- reconhecimento fotográfico e visual;
- patrulhamento de campos de pouso clandestinos;
- bombardeamento de plantações e maconha;
- patrulhamento de localidades para evitar o roubo de gado;
- operações contra guerrilhas na Serra do Caparão.
Além dessas, eram realizadas operações anuais, com a finalidade de adestramento das ERA, e incluíam um grande número de unidades da FAB. Na maior dessas operações, planejada pelos alunos da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica e denominada de “OPERAÇÃO XAVANTE”, realizada entre 1º e 10 de dezembro de 1967, no então Estado do Mato Grosso, na região compreendida entre Campo Grande, Corumbá, Aquidauana e Forte Coimbra, houve a participação de unidades do Exército Brasileiro e da Marinha do Brasil.
A ERA-21 foi desativada através da Portaria nº 003/GM3, de 10 de março de 1970; seu pessoal e material, juntamente com os da ERA-31, viriam a formar o 3º Esquadrão de Reconhecimento e Ataque.
Bibliografia:
- A. Camazano A. História das Esquadrilhas de Reconhecimento e Ataque. 2004.